terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PERDAS PARA VIVER


Quem gosta de perder? Posso garantir a vocês que a minha pessoa DESTESTA perder!!
Perder amigos, parentes, situações, perder, perder...Quem nasceu pra isso?!
Nesse fim de semana que passou tive uma perda enorme, não poderia mensurar em palavras, ainda que desejasse.
Pude refletir que pessoas entram em nossas vidas de uma forma e maneira praticamente imperceptíveis. Quantas vezes paramos para pensar como conhecemos um grande amigo(a) e não conseguimos nos lembrar? Foi tão de repente, em pouco tempo nos tornamos tão ligados, com tantas afinidades e antíteses, tudo bem junto, que não dá pra explicar!!
Com nossos familiares também é bem assim! Tive a sorte de fazer parte da família Barros, e de particularmente criar um laço mais apertadinho nesses últimos anos com aquele quase centenário vô que representa quase todos os meus ancestrais. Bem, essa figurona se chamava José de Barros, nome forte, que reflete tanta coisa e sentimentos para os que conheceram ou apenas ouviram falar.
Amante da leitura, da escrita e das histórias, um praticante do storytelling, acredito que essa seria sua maior ferramenta de marketing nos dias atuais. Graças a ele, tenho boas lembranças ao sentir o cheirinho de livro novo, causando florzinhas na barriga, por saber que algo novo pode ser descoberto e contado para outros e principalmente para mim quanto leitora.
Sabe aqueles velhinhos que sempre fazem perguntas já sabendo das respostas? Era ele!! Acredito que era a forma de não se colocar como um "sabe tudo" e compartilhar todos os seus conhecimentos de forma mais simpática!! Amava aprender com ele!!
Cada momento que passei com meu vô, hoje se eterniza, parece que está congelado na mente e coração! O que gostaria de dizer a todos, fora esse momento nostálgico bem meu mesmo, é que as perdas fazem parte de nossas vidas, desde o nosso nascimento. Ao sairmos da barriga de nossas mamas, perdemos o lugar de conforto, de proteção...Ao deixarmos a escola, rumo as universidades, perdemos a segurança dos pais como cuidadores oficiais do nosso destino...
Em todo tempo estamos a perder...Mesmo assim, é tão difícil lidar com o novo e a ausência do velho. Essa perda do velhinho querido, meu vô Careca, me fez perceber mais uma vez que em TUDO conseguimos enxergar a mão de DEus, de forma soberana, indo bem além das nossas limitações tão limitadas (me permitam a redundância). Conseguimos receber com sorriso largo, (como diria meu amigo: "sorriso de 15 pras 3" - de canto a canto) as coisas que achamos legais, todavia, não concordamos e nem gostamos de ganhar da parte de Deus, situações que não achamos nada agradáveis!!
Me questionei muito sobre o querer de Deus diante dessa perda tão imensurável em meu coração e vida. Diante dessas interrogações só posso parar e enxergar a fidelidade de Deus em todas as situações, inclusive nessa em específico. Mesmo em meio a dor, seja da perda, ou o que for, tente lembrar, enxergar, perceber, se a mão de Deus não esteve em todo momento com você e com os seus? Com certeza, verás a benevolência do Pai por todos nós!! Como é bom saber que realmente podemos render graças em tudo ao nosso Deus que é Soberano e sempre possue uma vontade boa, agradável e perfeita. Que tenhamos Deus como nosso tesouro!!
"Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" Mt 6:21

Rebeca Barros

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