sábado, 16 de julho de 2011

ONTEM E HOJE


Você tem percebido a diferença?
Gente, não faz muito tempo, ontem, era tudo diferente!!
Como pode?
Ontem, homem pedia mulher em namoro, casamento, enfim, ele lutava pela conquista da sua parceira.
Hoje? (Acho que passei um tempo em outro planeta...) Hoje, as mulheres se desesperam porque não aparece um cidadão sequer com atitude para encarar essa empreitada chamada relacionamento.
Mulher com mulher dava jacaré... Hoje? Termina em casamento.
Falar em casamento, aliança, era algo para ser eterno. Hoje, dois metros de largura no dedo representa mero anel, na primeira divergência de opiniões, o casal se separa, não importa se foi em um castelo, ou em qualquer lugar ermo.
Idosos? Era uma geração respeitada, as madeixas branquinhas como a neve, representavam experiência e riqueza! Riqueza de vida, de histórias, princípios... Hoje, são cargas bem pesadas (principalmente para os filhos, netos e afins), reclamões e lentos. Acabamos sem saber a finalidade da existência dos mais velhos, como se não fôssemos, nem quiséssemos ser um deles no amanhã. Ontem palavrão era palavrão ( e mais, se meninos falassem na frente das meninas, até perdão era solicitado pela falta de educação ), hoje, palavrão está inserido no vocabulário do baixinho e velhinho, vai passando de geração a geração (herança boa demais, não?).
Ontem responder a pai e mãe era algo desonroso, hoje? Desonroso é ouvir os pais e ficar calado (pense no desaforo).
Gaia era traição, hoje é vingança!
Palavra era verdade, hoje nem se escreve, porque não vale de nada.
Ontem, domingo era dia de visitar a família, ir para casa de vovô e vovó e reunir a primalhada.
Ser ético era nobre e não leseira...
Prefiro não continuar, é difícil acreditar que tudo se passou, mais ainda, entender o por quê da nossa aceitação e permissão de práticas tão sem noção.
Meu temor é de fato imaginar até onde iremos... Ontem era de um jeito, hoje de outro e o nosso amanhã? Que repensemos nossas práticas, que percamos o egoísmo, que enxerguemos nossas fraquezas, que sintamos o amor sem medo/sem orgulho/sem individualismo, que envelhecer não represente tristeza/feiura/dor, que a esperança nas pessoas não tenha prazo de validade, que educação seja pensar no outro, que a traição seja perversa e a vingança seja aniquilada pelo perdão.
Tenho sonhos, de olhar para frente e perceber que não esqueci do ontem, mas também, enxergar que não vendi o hoje, fiz a diferença, refleti, não fui levada pela multidão, procurei dentro de mim, o meu melhor e apliquei de forma consciente as minhas escolhas.
Não esqueça de avaliar suas escolhas, todas as decisões que tomamos... São NOSSAS! Somente nossas!

Rebeca Barros

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